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lâmpada de fenda para observar o fundo ocular. Em 1923Lemoine eValois
(citado em El-Bayadi
57
) usaram uma lente negativa de potência elevada,
o que foi aperfeiçoado com a lente de Hruby, de -58D
98
. Mas a pequena
amplitude do campo obtido com as lentes negativas levou a sua substituição
por lentes positivas de potência elevada, na sequência do trabalho de El-
Bayadi em 1953
57
, que são hoje as preferidas a par das lentes de contacto
derivadas da lente deGoldmann.
Nosanosmaisrecenteshouvedoisdesenvolvimentosquetiveramgrande
influência na oftalmoscopia do glaucoma, não só pelamuitomaior resolução
quepermitiram, comopelapossibilidadede registodas características dodisco
óptico e da camada de fibras nervosas peripapilares e suas variações ao longo
do tempo. Por um lado a retinografia, cuja obtenção o advento dos registos
digitais tornou possível sem dilatação pupilar. Pelo outro, o desenvolvimento
do laser e dos díodos superluminescentes, a par das técnicas de varrimento e
de aquisição confocal, levou aos oftalmoscópios de varrimento laser
152,228
e ao
OCT
99
.
As dimensões das estruturas oculares e a necessidade de avaliação
tridimensional dodiscoóptico e da câmara anterior e ângulo irido-corneano
exigirammeios que foram desenvolvidos numa série de passos. Em 1855
Liebreich
137
descreveu a utilização de um microscópio para observação
ocular e poucos anos mais tarde deWecker
232
descreve o
petit microscope
,
um instrumento portátil destinado à observação ampliada das estruturas
oculares. Finalmente, já no século XX, em 1911, Allvar Gullstrand, único
prémio Nobel na área da oftalmologia
4
, desenvolve o conceito inicial da
lâmpadade fenda, ao associar aobiomicroscópio a iluminação em fenda
56,213
(Figura 6).
O reconhecimento do papel fundamental da pressão intra-ocular
tornou necessário um método de medição mais fiável que a simples
determinaçãodigital,propostaporBowmanem1862.Nenhumdosaparelhos
inicialmente desenvolvidos, de von Graefe a Donders e colaboradores,
