Retina Volume 2 - page 54

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vezes, hemeralopia.
As placas atróficas por vezes estão dispersas ao
acaso. A sua evolução faz-se para uma extensão em
superfície e tendência à coalescência.
Algumas placas de atrofia correspondem à
evolução espontânea de linhas de ruptura da m.
Bruch.
E)
ESTAFILOMAS
Consiste numa distensão (ectasia evolutiva da
parede do globo ocular). Abrange a esclera, a
coróide e a retina.
Ao exame do fundo ocular, o estafiloma é
caracterizado por uma palidez relativa e localizada
do fundo ocular, com visualização da coróide.
Num estadio ulterior ocorre uma alteração da
curvatura do polo posterior. Observa-se um bordo
arciforme, correspondendo ao limite entre o
estafiloma e a curvatura do resto da parede ocular.
EXAMES COMPLEMENTARES:
AF: Identifica NVSR.
ERG multifocal: As amplitudes N1, P1 e N2 estão
correlacionadas com a gravidade da miopia.
COMPLICAÇÕES:
Retinosquise macular
Espessamento macular consecutivo à criação dum
espaço vazio hiporreflectivo. Frequentemente
acompanha-se de uma tracção vítrea tangencial.
Buraco macular
Hemorragia macular e ruptura da
m.Bruch
A sintomatologia pode ser súbita, caracterizada por
uma diminuição de AV associada a metamorfópsia.
As hemorragias podem ser surgir após um esforço
tipo valsalva ou secundária a traumatismo ocular.
É frequente uma hemorragia isolada, arredondada
ou ovalada, na área foveolar.
Mais frequentemente, as hemorragias estão
relacionadas com as linhas de ruptura da m. bruch.
As linhas de ruptura da m. Bruch são observadas
frequentemente no polo posterior dos doentes
míopes.
Anomalias juncionais
Alterações pigmentares lineares, NVSR,
pontos de fuga com localização na linha
de junção.
Mácula “dome-shaped”
NVSR do alto míope
É a principal causa de NVSR de doentes
com idade < 50 anos.
Cavitações intracoroideas peripapilares
É caracterizada por uma elevação
assintomática,
peripapilar,
amarelo-
alaranjada.
Localização
habitual
peripapilar, frequentemente em posição
inferior.
Pode aumentar com o tempo.
TRATAMENTO:
Fotocoagulação laser na NVSR não definida, por
falta de estudos randomizados.
Injecções intravítreas de anti-VEGF são eficazes.
M
Miopia degenerativa
Fig. m.94 Atrofia corioretiniana extensa (Retinografia)
Fig. m.95 Atrofia corioretiniana extensa (Retinografia)
1...,44,45,46,47,48,49,50,51,52,53 55,56,57,58,59,60,61,62,63,64,...280
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