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resultados, a operação de Scheie foi uma das cirurgias filtrantes mais usada
na década de 1960 e início dos anos de 1970. Mas estas técnicas estavam
muito sujeitas a complicações, nomeadamente endoftalmias tardias, por a
remoção de toda a espessura da parede deixar um recobrimento da fístula
muito delgado, apenas a conjuntiva e tenon, o que levou ao seu abandono
progressivo.
Foi ainda seguida uma outra abordagem. Partindo do princípio que
o aumento da pressão intra-ocular se devia à impossibilidade do humor
aquoso chegar ao canal deSchlemm, deVincentiis tentou, nofinal do século
XIX, estabelecer a sua ligação à câmara anterior mediante uma abordagem
interna
218
. Contudo, a falta de visualização no decurso do procedimento
tornava-o falível e sujeito a complicações, pelo que foi abandonado. Nos
anos de 1930 a técnica foi retomada por Barkan, então sob visão directa
e ampliada do ângulo camerular, que lhe deu o nome de trabeculotomia
ou trabeculectomia, conforme o canal de Schlemm apenas era aberto ou
arrancado
16,18
. Inicialmente, Barkan propunha a cirurgia para o então
chamado glaucoma crónico simples, mas mais tarde, já sob a denominação
de goniotomia, a sua indicação foi restringida ao glaucoma congénito
18,19
.
Uma técnica que pode ser considerada uma evolução da cirurgia de Barkan
é a que utiliza o Trabectome
153
. Apesar de ser menos eficaz que outras
cirurgias actuais, tem a vantagem de não interferir com a conjuntiva, o que
