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F Fyodorov SN. Non-penetrating deep sclerectomy in open-angle glaucoma. EyeMicrosurg
(Russian) 1989; 2: 52-55
que a ressecção de toda a espessura da parede ocular, como era então usual,
esta cirurgia foi abandonada, não só pela sua dificuldade técnica (na época
pré-microscópio operatório) como pelos resultados pouco convincentes.
Anecessidadede obter uma redução tensional reprodutível ede evitar
algumas complicações da trabeculectomia
225
,
resultantes fundamentalmente
da penetração na câmara anterior, levou à reavaliação da cirurgia não-
-penetrante proposta por Krasnov. Daqui resultaram quatro técnicas de
esclerectomia profunda, todas elas conservando o folheto superficial da
esclerótica
, com apossibilidadedeobter uma cirurgiafiltrante sem formação
de bolha conjuntival
.
Atrabeculectomia
abexterno
,propostapordeLaagedeMeuxe
Kantelip
121
emais tardeporZimmerman
etal.
244
,diferedacirurgiadeKrasnovporaparede
internadocanaldeSclemmeo tecido justacanalicular serem removidos, fazendo-se
a drenagem pelo trabéculo posterior. Na esclerectomia profunda propriamente
dita, descrita inicialmente por Fyodorov
F
(citado emVarga e Shaarawy
217
) o
retalho escleral profundo é mais anterior, com exposição da membrana de
Descemet, fazendo-se a drenagem através desta e do trabéculo anterior.Muitas
vezes estas duas técnicas são associadas
150,208
e actualmente é também de regra
a colocaçãodeum implante
185
. A terceira técnica, a viscocanalostomia, descrita
porStegmann
200-202
, associaàesclerectomiaprofundaumadilataçãodocanal de
Schlemm comviscoelásticode altadensidade, admitindoo autorda técnicaque
adrenagem se façaatravésdocanal deSchlemmparaas veias aquosas episclerais.
Naúltima técnicadeste grupo, a canaloplastia (Figura15), é feita viscodilatação
do canal de Schlemm que é subsequentemente cateterizado com um fio de
sutura apertado sob tensão
136
.