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10.1.6. MALFORMAÇÕES VASCULARES
A
fistula carótido-cavernosa
corresponde a
uma comunicação anormal entre a carótida in-
terna e o seio cavernoso. As causas mais fre-
quentes nas
fístulas diretas de alto débito
são o traumatismo craneano e a rotura espontâ-
nea de um aneurisma carotídeo intracavernoso.
Nas
fístulas indiretas de baixo débito
, a por-
ção intracavernosa da carótida interna perma-
nece intacta e o sangue arterial flui através dos
ramos meníngeos das carótidas interna e exter-
na indiretamente para o seio cavernoso. Provo-
cam congestão e estase venosa a nível da órbi-
ta com aumento da pressão venosa episcleral e
ingurgitamento dos vasos conjuntivais, episcle-
rais e da veia oftálmica superior (fig 96 a-b).
• As alterações ecográficas são variáveis de-
pendendo do tipo de fístula (alto ou baixo
débito) - dilatação da veia oftálmica supe-
rior que se torna visível, espessamento dos
MOM e edema do DO (fig 96)
Fig 96 – Fístula carótido-cavernosa: a) ingurgitamentos dos vasos conjuntivais e episclerais; b) ingurgitamento da veia
oftálmica superior (seta); c) e d) dilatação da veia oftálmica superior (setas)
10 – ÓRBITA E NERVO ÓTICO
a
b
c
d