Retina Volume 2 - page 27

RETINA
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ACULOPATIA
DIABÉTICA
Consiste em2 entidades distintas: o edema macular
(associado ou não a anomalias da interface
vítreomacular) e a isquémia macular.
A difusão de fluoresceína não é sinónimo de
edema, mas sim a capacidade de reabsorção
líquida que pode compensar a exsudação e que
não leva a um espessamento retiniano.
TIPOS CLÍNICOS:
A)
EDEMA MACULAR
Consiste numa acumulação de líquido extracelular
na área macular, originando o seu espessamento.
O edema macular resulta duma difusão anómala
dos constituintes plasmáticos por ruptura das
barreiras hematoretinianas internas e externas.
O exame biomicroscópico permite objectivar
o espessamento da área macular. Contudo, só
consegue diagnosticar espessamentos superiores a
1,6 vezes o normal
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.
EXAMES COMPLEMENTARES:
AF: Permite visualizar a difusãode contraste
na retina a partir das paredes dos capilares
retinianos alterados. Indispensável para
avaliar o grau de isquémia retiniana
associada ao edema.
OCT: É o método de eleição para
o diagnóstico, para monitorizar um
tratamento e seguir a evolução do edema
macular. Traduz-se por um espessamento
da área macular, com um aumento da
hiporreflectividade das camadas externas
da retina (traduzindo uma acumulação
do líquido nestas camadas). As locas
cistóides surgem como cavidades quísticas,
opticamente vazias. Um espessamento
retiniano é definido por uma espessura
retiniana superior ao espessamento
retiniano médio normal de mais de 2
desvios standard.
O edema macular de origem traccional
está associado a anomalias da interface
vítreoretiniana.
B)
ISQUÉMIA MACULAR:
A zona avascular central é uma área central da
mácula, desprovida de capilares, cujo diâmetro
está entre 350 a 750 µm.
Nos seus bordos, os capilares perifoveais formam
está relacionada com a concentração
deste elemento : Com < 70% contendo
cobre são relativamente inertes; entre 70-
90% produzem calcose e entre 90-100%
provocam uma reacção inflamatória
aguda.
EXAMES COMPLEMENTARES:
A ecografia pode determinar a localização do
CEIO.
ATAC é ométodo de diagnóstico de eleição porque
localiza o CEIO radiopaco e radiotransparente em
3 dimensões.
A TAC tem limitações e os CEIO criam artefactos
significativos, que podemdificultar a localização exacta.
A RMN é uma técnica diagnóstica contraindicada,
porque os CEIO se podem deslocar de modo
descontrolado.
ERG: Quer a Siderose, quer a Calcose provocam
alterações no ERG, antes que produzam alterações
ou danos oculares. As alterações consistem em
alterações nas amplitudes.
TRATAMENTO:
Cirurgia, com extracção do CEIO.
Se o CEIO é inerte, há autores que deixam o CEIO,
quando não existam danos estruturais.
Se o corpo estranho não é inerte, deve proceder-se
à sua extracção, mesmo que os danos estruturais
não requeiram uma intervenção cirúrgica.
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