RETINA
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EPR.
O DPV está presente em 90% dos casos.
EXAMES COMPLEMENTARES
AF: Permite analisar as repercussões da membrana
sobre as estruturas da retina, diferenciar um
buraco macular dum pseudoburaco da mácula e
avaliar a causa possível da membrana epiretiniana.
OCT: As membranas epiretinianas surgem como
linhas hiperreflectivas anteriores e aderentes à
retina de forma variável.
As membranas epiretinianas podem ser planas
(aproximadamente 70% dos casos), com uma
aderência firme à superfície interna da retina (mais
frequentes nas MER idiopáticas), ou apresentar
focos de contracção, em franja (mais frequentes
nas MER secundárias).
A imagem característica é a perda da depressão
foveal normal, o aumento difuso da espessura,
a presença de quistos intraretinianos e o
descolamento ocasional da retina neurosensorial.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
•
Edema macular cistóide
•
NVSR
•
Buraco macular
•
Pregas coroideas
•
Hamartoma combinado da retina
PROGNÓSTICO:
A maioria dos pacientes com MER unilateral
apresentam uma AV > 3/10. Com uma AV inferior
e com distorção intolerável podem requerer
vitrectomia com peeling.
TRATAMENTO:
O objectivo do tratamento dum MER sintomática
consiste em restabelecer o funcionamento normal
da retina, mediante a libertação da tracção que
a MER exerce sobre a retina e restabelecendo a
transparência normal da fóvea.
Em termos gerais deve colocar-se a hipótese de
cirurgia vítreoretiniana em caso de acuidade
inferior ou igual a 3/10. Pode igualmente
equacionar-se a cirurgia em caso de metamorfópsia
invalidante ou diplopia, mesmo com uma acuidade
visual superior.
O tratamento cirúrgico da MER ocorreu pela
primeira vez em1978, por Machemer, que efectuou
vitrectomia, dissecção e extracção da MER.
As MER operadas antes de 2 anos de evolução
recuperam uma melhor AV relativamente aos
outros
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.
Tratamento enzimático: A plasmina é dos enzimas
mais estudados para liquefazer o gel vítreo e
desencadear o DPV.
Fig. m.51 Membrana préretiniana (Retinografia)
Fig. m.52 Membrana préretiniana (Anerítica)