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Alergia ocular

O que é a alergia?

A alergia ocular surge quando os alergénios entram em contacto com a mucosa ocular (que se chama conjuntiva), despoletando aquilo que se chama de conjuntivite alérgica.

As pessoas com alergia produzem um anticorpo especial - a imunoglobulina E (IgE) - e fazem-no para substâncias inofensivas, relativamente banais no ambiente: os alergénios (p. ex. pólens de plantas, componentes do pó da casa, alimentos como o leite ou os ovos). Uma vez produzida, esta IgE liga-se a células especiais (mastócitos) muito abundantes na pele e nas mucosas "à espera" do seu alergénio. Quando o encontram, provocam a libertação imediata e "explosiva" de substâncias químicas pelos mastócitos que provocam rapidamente (5 a 10 minutos) uma intensa inflamação e que origina os sintomas da alergia. Se a exposição a esse alergénio é intensa e muito prolongada essa inflamação, e a doença alérgica, podem tornar-se crónicas e persistentes.

Os sintomas desta doença são a comichão intensa, olhos vermelhos, secreção transparente abundante, sensação de corpo estranho nos olhos, fotossensibilidade, tumefação palpebral. Estes sintomas ocorrem geralmente instantes após o contacto com o alergénio e envolvem os dois olhos.

Os dois principais tipos de conjuntivite alérgica são: a conjuntivite sazonal (provocada maioritariamente por pólens e por isso está relacionada com os calendários de polinização) e a conjuntivite perene (mais constante ao longo do ano e está relacionada com uma exposição mais permanente aos alergénios).

Trata-se quase sempre de uma doença sem gravidade e auto-limitada, causando no entanto grande desconforto na vida quotidiana.

O objetivo do tratamento é o de minorar/aliviar os sintomas, utilizando-se para isso substâncias que inibem a atividade dos mastócitos ou das substâncias que eles libertam.

A principal componente do tratamento consiste em afastar ou diminuir a exposição do doente ao alergénio.

 

Quem tem mais propensão para alergias?

A razão pela qual algumas substâncias desencadeiam alergias e porque é que não o fazem em todas as pessoas não é ainda muito clara, mas a história de outras alergias na família (a chamada atopia) parece ser o principal factor predisponente. Possivelmente, a resposta estará nalguns genes que passam de pais para filhos e nalgumas condições do ambiente que favorecem a sensibilização aos alergénios.

Se pretende mais informações sobre alergia ocular e como a prevenir, descarregue o folheto abaixo: