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Glaucoma

Existem diversos tipos de glaucoma:

  • O glaucoma crónico simples, ou “glaucoma primário de ângulo aberto” (o mais comum).
  • O glaucoma agudo por encerramento do ângulo ou glaucoma de ângulo fechado.
  • O glaucoma congénito observado no recém-nascido.
  • O glaucoma secundário a traumatismos, medicamentos, inflamações, cataratas, ...O glaucoma é uma doença grave que pode levar à perda de visão.

Um dos fatores de risco que contribui para progressão do glaucoma é o aumento anormal da pressão no interior do globo ocular (PIO - Pressão Intraocular) que provoca lesões no nervo ótico.

A gravidade das lesões depende do grau desta pressão e do tempo durante o qual esta pressão exagerada se mantém.

Em Portugal são diagnosticados por ano mais de 150.000 casos de glaucoma! Todas as pessoas podem desenvolver glaucoma, mas existem alguns fatores de risco, tais como:

A idade: A prevalência aumenta após os 40 anos. A partir dos 65 anos, 5% da população é atingida por esta doença.

A raça: As pessoas de origem africana são afetadas com maior frequência e com mais gravidade do que as pessoas de origem caucasiana.

Os antecedentes familiares: fatores genéticos

A miopia, a diabetes: dez vezes mais frequente no doente diabético

A toma de medicamentos: nomeadamente corticosteroides

 

O tratamento médico

Num estado precoce da doença o tratamento médico é geralmente eficaz e suficiente.

Os colírios são os medicamentos mais prescritos. Uma ou várias gotas são aplicadas diretamente nos olhos uma a três vezes por dia, dependendo do produto. Estes colírios têm uma ação hipotensora, ou seja, permitem diminuir a pressão intraocular.

O seguimento regular do tratamento é indispensável a fim de maximizar a sua eficácia.

O tratamento deve ser realizado por períodos fixos e regulares e não deve ser alterado sem o consentimento do seu oftalmologista.
Os horários de aplicação dos colírios, prescritos pelo seu oftalmologista devem ser rigorosamente respeitados.

Para evitar os esquecimentos tente programar a aplicação do tratamento em função das suas horas de despertar, refeições ou deitar.

Se o tratamento prescrito incluir vários colírios é necessário aguardar 15 minutos entre a instilação de cada colírio.

Em caso de esquecimento não é necessário instilar uma dupla posologia na altura da próxima instilação.

Em alguns casos, o oftalmologista pode igualmente prescrever terapêutica oral (comprimidos).

Um tratamento eficaz permite estabilizar a doença, mas não permite a sua cura.

A desistência/interrupção do tratamento implica uma evolução da doença associada a uma degradação do nervo ótico, com uma potencial perda de visão a longo prazo.

 

Porque é que o meu oftalmologista me prescreveu um colírio sem conservantes?

Os conservantes são agentes antisséticos que podem agredir a superfície ocular devido, principalmente, ao seu efeito detergente.

O tratamento do glaucoma é um tratamento de longo prazo e a utilização de colírios com conservantes durante vários anos pode levar ao aparecimento de um certo número de efeitos secundários oculares.

Embora não sendo graves, estes efeitos são incómodos e traduzem-se em irritação (sensação de picada, ardor, sensação de corpo estranho no olho, entre outros).

Com o objetivo de o ajudar a tolerar melhor o tratamento e aumentar a sua colaboração, o seu oftalmologista pode prescrever um colírio sem conservantes.

Os inquéritos epidemiológicos realizados em mais de 9000 doentes com glaucoma, demonstraram que os doentes submetidos a tratamento com colírios sem conservantes, toleram-no melhor (redução da frequência de efeito secundários), comparativamente a doentes tratados com colírios com conservantes.