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ÍNDROME
MORNING GLORY
Patologia congénita. Muito rara.
Usualmente é unilateral. Os casos bilaterais podem
ser hereditários.
Ocorre mais frequentemente no sexo feminino.
A acuidade visual varia de 1/10 a conta dedos.
SINAIS:
Escavação em forma de tunel do fundo ocular, que
incorpora o disco óptico.
Caracteriza-se pela presença dum disco óptico
grande, de coloração rosa-alaranjada, com um
tufo central glial (correspondendo aos vestígios
hialóideus persistentes), uma rede vascular
anómala e uma anel pigmentar peripapilar
corioretiniano elevado
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.
Os vasos sanguíneos têm uma disposição radiária a
emergir do bordo da escavação, como os raios de
uma roda. É difícil distinguir as artérias das veias.
ASSOCIAÇÃO SISTÉMICA
1
:
•
Encefalocelo
basal
transesfenoidal
(é sugestivo da associação com uma
despigmentação infrapapilar em forma
de língua ou V adjacente à anomalia
morning glory.)
•
Agenesia do corpo caloso.
•
Neurofibromatose tipo 2 (menos
frequente).
COMPLICAÇÕES:
•
Descolamento seroso/regmatogéneo da
retina (ocorre em 26-38% e usualmente
envolve a retina peripapilar).
•
NVSR
TAC ÓRBITA:
•
Alargamento em funil da porção distal do
nervo óptico na sua junção com o globo
ocular.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
•
Coloboma do disco óptico (a escavação
está dentro do disco óptico).
•
Estafiloma peripapilar (a escavação ao
redor do disco óptico é mais profunda do
que na anomalia morning glory e os vasos
retinianos são normais).
TRATAMENTO:
•
Ambliopia funcional
•
Cirurgia vítreoretiniana
•
Descompressão da bainha do nervo
óptico.
DISCO ÓPTICO PULSÁTIL.
É conhecida pela associação com a anomalia
morning glory. Os movimentos são atribuídos à
comunicação anómala entre o espaço subretiniano
e o espaço subaracnoideu que permite o fluxo de
fluido entre os dois compartimentos.