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Atlas de Ecografia Oftálmica
Vol I - Ecografia do Segmento Posterior
2 - O EXAME ECOGRÁFICO
A ecografia de contacto modo A e modo B, rea-
lizada sobre as pálpebras (com interposição de
gel para melhor transmissão do som), ou sobre
a córnea/conjuntiva (com anestésico tópico),
oferece-nos um conjunto valioso de informa-
ções desde que o exame seja realizado com
método, tempo e conhecimento prévio da histó-
ria e observação clínica do doente, assim como
das dúvidas a esclarecer.
Sempre que realizamos uma ecografia deve-
mos ter presentes alguns princípios básicos:
• Em relação à posição do doente, o exame
torna-se mais confortável se este estiver
deitado e o médico à cabeceira com o ecó-
grafo do seu lado (direito ou esquerdo con-
forme a preferência).
• Com sondas de maior frequência obtém-se
melhor resolução, necessária para estudar
a parede ocular, nervo ótico e músculos
oculomotores (fig 5).
• A variação do ganho (amplificação do sinal)
permite otimizar o segmento a estudar.
Perante uma hemorragia do vítreo, com
o ganho aumentado detetamos o sangue
mesmo pouco denso, mas se diminuirmos
o ganho identificamos também um provável
edema da mácula (fig 6).
Fig 5 – Variação da frequência: a) nevus da coroideia (sonda de 10 MHz); b) nevus da coroideia (sonda de 20 MHz); c)
DR tracional (sonda de 10 Mhz); d) DR tracional (sonda de 20 MHz)
a
b
c
d