Atlas Ecografia - page 22

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Atlas de Ecografia Oftálmica
Vol I - Ecografia do Segmento Posterior
INCIDÊNCIAS LONGITUDINAIS
As
incidências longitudinais
permitem avaliar
individualmente cada meridiano e localizar a
lesão no sentido antero-posterior, portanto mais
longe ou mais perto do NO. Como pontos de
referência temos o NO que se localiza na parte
inferior do ecograma e a inserção dos MOM que
se localiza na parte superior do ecograma.
A sonda é colocada de forma a apontar para o
meridiano a estudar, sempre com a marca volta-
da para o centro da córnea.
Neste exemplo (fig 8), no OD com a sonda co-
locada no canto interno, marca voltada para o
centro da córnea para estudar o meridiano das
9H, a interpretação do ecograma será:
• No lado esquerdo - o ponto da parede ocular
anterior onde a sonda está encostada (sem
interesse para o exame).
• No lado direito - o meridiano das 9H desde
a periferia (inserção do MRE) na parte supe-
rior do ecograma até ao NO na parte inferior
do ecograma.
Esta incidência (longitudinal para as 9H no OD
e longitudinal para as 3H no OE), está também
indicada para estudar a mácula.
Fig 8 - Incidência Longitudinal para estudar o meridiano
das 9H (sonda colocada no canto interno, marca voltada
para o centro da córnea)
passando pelo cristalino e até ao NO.
Para avaliar a mácula a sonda é colocada no
centro com a marca voltada para o nariz. Assim,
ao realizar a leitura do ecograma teremos (fig 9):
• Na parte esquerda - o ponto onde a sonda
encosta na pálpebra ou córnea sendo pos-
sível identificar a face posterior do cristalino
ou o cristalino na sua totalidade se este se
encontrar opacificado, como é o caso exem-
plificado. Não esquecer que com esta inci-
dência verifica-se grande absorção do som
pelo cristalino, o que diminui a qualidade e
fiabilidade do exame.
• Na parte direita do ecograma - o NO ao cen-
tro; as 3H (nasal) na parte superior e as 9H
(temporal) na parte inferior. A mácula loca-
liza-se do lado temporal do NO, portanto
entre o centro e a parte inferior (seta).
Fig 9 - Incidência Axial Horizontal (sonda com a marca
voltada para o nariz)
INCIDÊNCIAS AXIAIS
As
incidências axiais
, permitem estudar o
eixo antero-posterior, desde o centro da córnea,
Em conclusão, a
Ecografia modo B
(Bidimen-
sional) possibilita a análise das dimensões e
morfologia do GO, da topografia e dimensões
de lesões do segmento posterior e órbita ante-
rior.
As alterações à normal ecoestrutura do GO e
órbita traduzem-se pela presença de ecos anó-
malos, sob a forma de membranas, pontos ou
massas (fig 10).
• São exemplos de
ecos de membra-
na
o descolamento posterior do vítreo
(DPV), o descolamento de retina (DR) e as
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