Atlas Ecografia - page 23

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membranas fibrovasculares da retinopatia
diabética (RD).
• São exemplos de
ecos de pontos
o hemo-
vítreo (HV), a hialosis asteroid (HA) e a vitri-
te/endoftalmite.
• São exemplos de
ecos de massa
os tu-
mores e os corpos estranhos intraoculares
(CEIO).
2.2. AVALIAÇÃO QUANTITATIVA
Esta avaliação, realizada em modo A (Ampli-
tude) faz uma análise quantitativa das lesões,
pois permite medir e comparar a refletividade/
amplitude do eco, assim como estudar a estru-
tura interna e atenuação do eco nas formações
sólidas, em especial nos tumores da retina,
coroideia e órbita.
REFLETIVIDADE
- corresponde à amplitude do
eco em condições ótimas (feixe do ultrassom
perpendicular à lesão). Classifica-se em alta
(seta amarela), média (seta verde) e baixa
(seta vermelha), de acordo com a amplitude da
deflexão comparando-a com a linha de base
(ausência de eco) e o eco da parede ocular
(eco máximo de 100%). O modo A+B possibilita
realizar a análise quantitativa e topográfica no
mesmo ecograma (fig 11 a-b)
A avaliação da refletividade é fundamental para
o diagnóstico diferencial entre:
• Ecos de membrana, como no descolamento
de retina ou na membrana vítrea com tração
vítreorretiniana (fig. 11 c-d)
• Ecos de massa, como no melanoma ou
metástase da coroideia (fig e-f)
ESTRUTURA INTERNA
– correlaciona-se com
a estrutura histológica da lesão e depende da
dimensão e presença de múltiplas interfaces
no seu interior (grupos celulares, vasos, septos,
cálcio).
Uma lesão diz-se
homogénea
ou
regular
quando ecos próximos apresentam amplitude
idêntica, e
heterogénea
ou
irregular
quando a
amplitude é variável (fig 12). A análise da estru-
tura interna de uma lesão sólida é essencial para
o diagnóstico diferencial dos vários tumores da
retina e coroideia.
ATENUAÇAO DO ECO
– corresponde ao com-
portamento dos ecos à medida que o ultrassom
atravessa as várias estruturas patológicas ou
não.
As lesões sólidas muito densas como o melano-
ma da coroideia, provocam grande atenuação
do eco, cuja amplitude diminui abruptamente
(ângulo K agudo). Em modo B este fenómeno
traduz-se pela presença de um cone de som-
bra posterior à lesão, também bem evidente
nos corpos estranho metálicos intraoculares e
lesões com cálcio/osso (DMI, drusen do disco
ótico, osteoma, retinoblastoma) (fig 13).
2. 3. AVALIAÇAO CINÉTICA
O
exame cinético
em modo B e em tempo
real complementa e otimiza a informação for-
necida pela ecografia, ao identificar alterações
que ocorrem durante ou após o movimento dos
olhos –
after movements,
nomeadamente no
DR, no DPV e nas trações VR com ou sem ras-
gaduras da retina.
Em modo A, é por vezes possível identificar
movimentos espontâneos traduzidos por osci-
lações na amplitude dos ecos internos de tu-
mores muito vascularizados, como é o caso de
melanomas de grandes dimensões –
flickering
.
2 - O EXAME ECOGRÁFICO
Fig 10 - Eco de membrana (descolamento de retina e
membranas pré-retinianas); eco de pontos (hemovítreo e
hialosis asteroid); eco de massa (melanoma, cristalino lu-
xado)
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