MGD TEAR FILM OCULAR SURFACE SOCIETY - page 7

IOVS, Special Issue 2011, Vol.52, nº4
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Figura 2. Patofisiologia da DGM obstrutiva.
As glândulas de Meibomius são grandes glândulas sebá-
ceas localizadas nas placas tarsais das pálpebras. Estas
glândulas sintetizam e produzem activamente lípidos e
proteínas para as margens das pálpebras superior e in-
ferior, anteriormente à junção mucocutânea. Os lípidos
glandulares espalham-se no filme lacrimal, promovendo
a sua estabilidade e evitando a sua evaporação.
As glândulas meibomianas, ao contrário de outras
glândulas sebáceas, não entram em contacto directo com
os folículos pilosos. Cada glândula meibomiana consiste
em vários ácinos secretores contendo meibócitos,
dúctulos laterais, um ducto central e um ducto excretor
terminal que se abre na margem posterior da pálpebra.
O número e o volume das glândulas meibomianas é maior
na pálpebra superior, em comparação com a inferior, mas
falta ainda determinar a contribuição funcional relativa
das glândulas das pálpebras superior e inferior para o
filme lacrimal. E também se desconhece ainda a origem,
ou as origens, das células estaminais para esta glândula.
As glândulas meibomianas são densamente inervadas, e
a sua função é regulada por androgénios, estrogénios,
progesterona, ácido retinóico e factores de crescimen-
to, e provavelmente por neurotransmissores. As glându-
las produzem lípidos polares e apolares através de um
processo complexo e não completamente compreendi-
do. Esses lípidos são segregados nos ductos por secre-
ção holócrina. A libertação do meibum para a pálpebra
ocorre com a contracção muscular durante o movimen-
to da pálpebra.
Anatomia, Fisiologia e
Patofisiologia da DGM
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