Retina Volume 2 - page 106

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STEOMA
COROIDEU
Tumor ossificante da coróide, raro, benigno, com
aspecto clínico e histopatológicos distintos.
A ossificação intraocular pode ocorrer num
contexto de phthisis bulbi ou de uma inflamação
intraocular crónica
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Encontra-se mais frequentemente em mulheres
jovens, especialmente em idade inferior a 30 anos
(86%).
Unilateral frequentemente (75% dos casos).
Usualmente ocorre esporádicamente. Reportados
raros casos familiares.
PATOGÉNESE:
Desconhecida.
Observada
após
coroidite
recorrente associada com edema n.óptico e após
pseudotumor inflamatório recorrente órbita.
SINTOMAS:
Os sintomas são variáveis na apresentação clínica,
dependendo da localização e tempo de evolução.
Usualmente assintomáticos.
Metamorfópsia, escotomas e diminuição da AV, se
ocorrer um envolvimento directo da mácula ou
por neovascularização coróidea.
CLÍNICA:
Lesão alaranjada ou amarelada, com aspecto tipo
placa, ovalada ou arredondada, delgada, e bordos
em declive. Usualmente tem menos de 3 mm de
espessura.
Habitualmente localiza-se no polo posterior,
adjacente ao n.óptico ou na mácula.
Pode aumentar ligeiramente de tamanho. Não
tem potencial maligno.
A causa mais comum de perda de visão é a NVSR,
que ocorre habitualmente no bordo temporal
do tumor e leva ao aparecimento dum fluido
subretinino, lipídico ou hemorrágico.
EXAMES COMPLEMENTARES:
A ecografia modo B evidencia uma estrutura tipo
placa, hiperreflectiva, ligeiramente elevada, com
sombra acústica.
TAC: Mostra um sinal importante da presença de
cálcio na lesão (hiperintensidade focal). Placa
calcificada radiopaca.
AF: Revela uma hiperfluorescência precoce, com
impregnação tardia do osteoma. Útil para despistar
NVSR.
ICG: Revela a extensão do tumor mais claramente
que na AF.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Melanoma coroideu amelanótico
Mestástase coroidea
Nevo da coróide
Hemangioma coroideu circunscrito
Cicatriz disciforme da DMI
Calcificação esclerocoroidea idiopática
PROGNÓSTICO:
Variável. Depende da presença ou não de um
descolamento da retina ou NVSR.
COMPLICAÇÕES:
NVSR
Descolamento seroso retina (60% dos
casos).
TRATAMENTO:
Vigilância ou tratamento da NVSR.
AVALIAÇÃO SISTÉMICA:
Não há anomalia sistémica associada ao osteoma
coróideu.
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