Retina Volume 2 - page 97

RETINA
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CLUSÃO
VEIA
CENTRAL RETINA (OVCR)
Consiste em bloqueio do fluxo sanguíneo na veia
central da retina.
EPIDEMIOLOGIA:
Típicamente ocorre em doentes com idade > 65
anos.
Usualmente está associada com doenças sistémicas.
No Beaver Dam Study, a prevalência é de 0,1%
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.
Bilateralidade ocorre em 10% dos casos.
Não há padrão hereditário.
FISIOPATOLOGIA:
Evidências patológicas sugerem que o local
da obstrucção está situado na lâmina crivosa.
A anatomia normal da veia central da retina
evidencia uma constricção da veia quando passa
pela lâmina crivosa. Esse facto poderá predispor à
oclusão da veia.
O aumento da PIO pode originar turbulência ao
nível da lâmina crivosa, lesão endotelial e formação
de trombos.
TIPOS CLÍNICOS:
OVCR não isquémica (o mais frequente
– 75% dos casos). Ligeiras alterações do
fundo ocular, sem defeito pupilar aferente
e com uma AV frequentemente superior a
1/10.
OVCR
isquémica
(provoca
uma
diminuição da perfusão retiniana,
oclusão dos capilares e hipoxia retiniana).
Marcada tortuosidade e dilatação venosa,
hemorragias extensas, múltiplas manchas
algodonosas, edema e hiperémia do disco
óptico, defeito pupilar aferente e uma AV
usualmente < 1/10.
SINTOMAS:
A diminuição da AV inicial é variável tal como a sua
rapidez de instalação.
Diminuição unilateral e indolor da AV.
OVCR não isquémica está associada com uma AV
de 1/10, enquanto que na OVCR isquémica a AV é
habitualmente de conta dedos.
SINAIS:
Pode estar presente um defeito pupilar aferente.
Neovascularização da írsi ocorre em 20% dos casos.
fotodinâmica.
B)
ISQUÉMIA COROIDEA MULTIFOCAL
Consistem em oclusões múltiplas da
coriocapilar (e não das artérias ciliares
posteriores).
A
fase
aguda
manifesta-se
por
descolamentos retinianos exsudativos e as
sequelas por manchas de Elschnig.
AF: Atraso de perfusão coroidea (aspecto
lobulado em mosaico).
ETIOLOGIA: Toxémia gravídica e HTA
maligna.
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