RETINA
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ETINOPATIA
SOLAR
Resulta de uma lesão do EPR e foto-receptores
consequência duma observação directa ou
indirecta do Sol.
Uni ou bilateral.
FISIOPATOLOGIA:
Lesão das camadas nucleares externas.
EPIDEMIOLOGIA:
Incidência alta em países onde é frequente a
observação de eclipses.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA INICIAL:
Ocorre 1-4 horas após a exposição solar.
Diminuição da AV central, metamorfópsia e
escotomas centrais.
SINAIS:
Pode apresentar diversas apresentações clínicas.
Usualmente revela uma mancha amarelada
central num estádio precoce. Tardiamente, a lesão
amarelada é substituída por uma lesão pequena
avermelhada ou uma lesão hipopigmentada com
margens irregulares.
Descritas: alteração do reflexo foveal, pontos
amarelados foveais ou perifoveais, defeitos na
espessura da retina semelhante a um buraco
macular lamelar ou defeitos irregulares do EPR.
EXAMES COMPLEMENTARES:
AF: Defeito em janela centrado na fóvea.
OCT:
Alterações precoces: Hiperreflectividade em todas
as camadas da fóvea 48 horas após a observação
dum eclipse solar. Usualmente desaparece em 1
semana a 1 mês.
Alterações tardias: Lesão selectiva da EPR e foto-
receptores. Contorno foveal preservado. Presença
dum espaço opticamente vazio ou hiporreflectivo
na região foveal na área correspondente aos foto-
receptores externos e EPR.
ERG multifocal: Evidencia um embotamento do
pico foveal, que melhora parcialmente com o
tempo
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.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
•
Pseudoburaco macular
•
Maculopatia fótica
•
Distrofias maculares
PROGNÓSTICO:
É bom na maioria dos casos, com uma quase
normalização da AV em 6 meses.
TRATAMENTO:
Não há tratamento eficaz.