RETINA
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EVO
DA
CORÓIDE
É o tumor intraocular mais frequente.
Localiza-se mais frequentemente no polo posterior.
Apesar de ser um tumor benigno pode apresentar
um risco de perda de visão.
EPIDEMIOLOGIA:
Incidência de 2-20% em caucasianos.
A sua prevalência aumenta com a idade.
Não tem predilecção por sexo.
HISTOPATOLOGIA:
Aspecto massa tipo placa, de espessura inferior a 2
mm e pigmentação variável.
As alterações degenerativas estão em relação com
o tempo de evolução e com a espessura da lesão.
PATOGÉNESE:
Não são congénitos.
Ocorrem no final da 1ª década ou durante a 2ª
década de vida.
SINTOMAS:
Assintomáticos (a maioria)
Diminuição da AV (11% dos casos, por desc. seroso
retina, degenerescência fotoreceptores e NVSR).
SINAIS:
Lesão arredondada ou ovalada, de bordos não
muito bem definidos. Podem apresentar um
aspecto em placa. Coloração cinzento escura, com
pigmentação variável.
Uni ou bilaterais.
Localização preferencial: (no equador ou posterior
a ele (90%), periféricos (5%) e corpo ciliar (6%)).
Diâmetro de 0,5 a 10 mm e altura até 2 mm.
Associação frequente a drusens (50% dos casos).
Difusos, agrupados ou localizados inclusive fora do
tumor. Significa a cronicidade da lesão.
A pigmentação alaranjada resulta duma
acumulação de macrófagos com grânulos de
lipofuscina ao nível do EPR. Grandes áreas
geográficas bem definidas podem indicar uma
transformação maligna.
Pode associar-se umdescolamento seroso da retina.
Considera-se um factor de risco de crescimento.
TIPO ESPECÍFICO:
NEVO AMELANÓTICO – Ocorrem em 5-6%
dos casos. DD com osteomas, placas de esclerite
posterior, hemangioma emelanomas amelanóticos.
EXAMES COMPLEMENTARES:
RETINOGRAFIA COM FILTRO VERMELHO:
Exame preciso para delimitar os bordos da lesão.
ECOGRAFIA: É um método diagnóstico essencial
para o estudo dos tumores intra-oculares. Permite
definir a estrutura interna, a altura e a base.
AF: Lesões hipofluorescentes ao longo do
angiograma. Se drusens associados, estes
apresentam-se como lesões hiperfluorescentes em
fases precoces e impregnação tardia.
ICG: Lesão hipofluorescente, com bordos nítidos
e irregulares.
SINAIS CLÍNICOS ASSOCIADOS:
Descolamento seroso da retina neurosensorial ou
do EPR.
NVSR
EVOLUÇÃO:
No estudo de Thiagaliangam, só 0.6% dos nevos
apresentam crescimento.
O nevo da coróide é uma lesão estável e benigna.
Factores de risco de crescimento tumoral
1,31
:
•
A espessura (≥ 2 mm) é o factor mais
importante no tamanho (38% de risco
individual), relativamente ao diâmetro (≥
10 mm).
•
Líquido subretiniano (risco individual de
39%).