Retina Volume 1 - page 34

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NASTOMOSE
CORIORETINIANA
Descritas inicialmente (1994) como uma forma
particular de DMI exsudativa.
São habitualmente bilaterais e evolutivas.
São consideradas como uma comunicação
anómala entre a circulação da retina e a circulação
coroidea. Habitualmente associadas a NVSR.
Risco elevado de bilateralidade (40% em 1 ano,
56% aos 2 anos e 100% aos 3 anos)
13
.
FISIOPATOLOGIA:
Controversa. Teorias sobre neovascularização
coroidea, retiniana ou mista.
A 1ª hipótese consiste numa proliferação
neovascular
intraretiniana
denominada
proliferação angiomatosa retiniana.
Inversamente,Gasspropõequeaneovascularização
da coróide é que progride para a retina para
constituir a anastomose corioretiniana.
SINAIS:
Suspeitar de anastomose corioretiniana em
presença duma hemorragia intraretiniana
única, profunda, associada a sinais exsudativos
(edema macular cistóide, descolamento EPR e
descolamento seroso retiniano), na proximidade
da ZAC (e associada a drusens serosos maculares).
A anastomose manifesta-se por uma interrupção
súbita dum vaso retiniano, cujo diâmetro aumenta
ao se aproximar da zona avascular central. Antes
de desaparecer e se unir à circulação coroidea,
este vaso muda de direcção, desenhando
frequentemente um ângulo recto.
EXAMES COMPLEMENTARES:
AF: Hiperfluorescência localizada com origem nos
neovasos profundos e difusão tardia do corante.
A NVSR oculta pode estar associada a uma
hiperfluorescência heterogénea, mal definida.
Mais raramente, a anastomose está envolvida por
uma NVSR visível.
ICG: Em tempos tardios, verifica-se na extremidade
do vaso anastomótico, uma difusão de contraste,
com um ponto intensamente hiperfluorescente
(hot spot).
Permite diferenciar um descolamento do EPR
(hipofluorescente) da NVSR associada.
OCT: O OCT espectral (SD-OCT) permite
identificar o trajecto da anastomose.
Três estádios evolutivos
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:
1.
Sinal de erosão (pequena elevação focal
do EPR).
2.
Sinal de “flap” (interrupção do EPR,
criando dois componentes do EPR).
3.
Sinal do beijo (presença dum túnel entre
o EPR e a camada plexiforme externa, no
seio duma elevação do EPR).
EVOLUÇÃO: A evolução espontânea tem um mau
prognóstico.
TRATAMENTO: Anti-VEGF e fotocoagulação laser.
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